O PRIMEIRO VOO E A MARCA DO REI
João Noronha Lopes nasceu Benfiquista no Alentejo. O pai levou-o ao primeiro jogo na Catedral, um Benfica-Farense, onde viu Eusébio marcar um golo. Não surpreende que essa memória tenha ficado para sempre.
Naquele tempo, o Terceiro Anel ainda estava longe da vista, mas perto do coração. Mas cada golo que celebrava no estádio tornava maior a vontade de repetir a viagem de centenas de quilómetros a cada quinze dias. O que importava eram as vitórias do Benfica celebradas com o pai e o tio, que desde cedo lhe incutiram a vivência da Mística em família.
Na sua adolescência, entre 1983 e 1984, João viveu nos Estados Unidos, onde aproveitou para praticar futebol. Competiu localmente e desenvolveu um conhecimento mais profundo da realidade dentro de campo.
O futebol permaneceu como uma paixão, dentro e fora do relvado. Desde que iniciou a sua vida profissional, por mais trabalho que tenha, há sempre tempo para uma partida de futebol.
O FUTEBOL SEJA ONDE FOR
UMA FAMÍLIA BENFIQUISTA
João Noronha Lopes é casado e pai de 4 filhos, todos Benfiquistas como não poderia deixar de ser. Esta autêntica família benfiquista trata a Luz como uma segunda casa. Tem morada fixa nos respetivos lugares cativos e pratica um amor incondicional, celebrado a cada presença no estádio.
Mas não se fica por aí. Muitas das viagens em família organizam-se em função de onde o Benfica irá jogar e esse foi, durante os anos em que viveu fora do país, um tema da maior importância para a família Noronha Lopes sempre que o Benfica jogava. A distância não interessa quando a paixão fala mais alto. Há sempre lugares reservados na bancada para todos.
PELO BENFICA, ACIMA DE TUDO
Quando o Benfica corria mais perigo, João Noronha Lopes não faltou à chamada e participou de forma decisiva: incentivou Manuel Vilarinho a candidatar-se e, enquanto Vice-Presidente, ajudou a recuperar o clube e a prepará-lo para novos voos.
E foi assim em 2020, quando decidiu apresentar-se aos sócios com uma candidatura mobilizadora que devolveu esperança a milhares de sócios, demonstrando que o amor ao Benfica pode, e deve, traduzir-se em ação.





















Depois disso, nunca se afastou. Continuou a marcar presença nas Assembleias Gerais, sempre com sentido de responsabilidade.
Em 2021, foi uma das vozes críticas à forma como a Direção conduziu o processo eleitoral, exigindo transparência e respeito pelos sócios. Nessa mesma altura, promoveu a criação de uma comissão independente de associados para rever os Estatutos do Clube, numa tentativa clara de reforçar a democracia interna.
Com o passar dos anos, continuou a ser um dos rostos da exigência. Em 2024, denunciou publicamente a falta de critério na gestão do futebol, com jogadores a entrarem e saírem sem deixar rasto, e reafirmou a importância de não normalizar a derrota. Foi também um dos defensores de que a verdadeira união no Benfica se constrói, não se proclama.
Na discussão sobre os novos estatutos, defendeu com firmeza que o foco dos sócios deve estar sempre em construir o futuro do Benfica com visão, participação e seriedade.
Hoje, cinco anos depois, volta a responder à chamada num momento decisivo para a vida do Benfica.
UMA CARREIRA FOGUETÃO
João Noronha Lopes iniciou-se na advocacia, tendo trabalhado em dois escritórios diferentes, um dos quais co-fundou. Entrou para a McDonald’s em 2000 e em apenas dois anos tornou-se o CEO da empresa em Portugal.
De seguida, tornou-se responsável pelo sul da Europa e Vice-Presidente em França. Anos mais tarde, passou a Vice-Presidente da Europa, supervisionando operações em 36 países.
Em 2013, foi galardoado com o prémio Best International Leader Award, que distingue o melhor líder português a nível internacional. Ambicioso e determinado, voou ainda mais alto na empresa ao tornar-se chefe mundial do franchising da McDonald’s. Era esse o seu cargo quando, em 2016, liderou a maior transação de sempre do setor da restauração na Ásia: a venda de 2.600 restaurantes na China e Hong Kong, que foi uma operação de sucesso, no valor de 2,1 biliões de dólares.
Para João Noronha Lopes, ser Benfiquista e viver a Mística é gostar do Benfica quando ganha e gostar ainda mais quando perde.
Foi o seu pai que o confortou na derrota na final da Taça UEFA com o Anderlecht e, anos mais tarde, foi João quem consolou os seus filhos em Amesterdão, na final da Liga Europa com o Chelsea.
HISTÓRIAS E MEMÓRIAS À BENFICA
Celebrou títulos no Marquês. Celebrou à chuva no Jamor. Celebrou quando viveu em Paris, festejando as vitórias e chorando as derrotas como se estivesse no Estádio da Luz, acompanhado dos muitos emigrantes que representam o Benfica no mundo.
Já percorreu meio mundo para apoiar o Benfica, seja em Arouca ou Faro, Londres ou Munique, no voleibol ou no hóquei. Nunca faltou e está sempre pronto para muitos mais Away Days. Seja onde for!



